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Pós-Natal

Pós-Natal

Alterações congênitas e de desenvolvimento mais comum em bebês:

 

Dente Natal ou Neo-Natal:

Pode acontecer de dentes de leite que erupcionam (nascem) logo após o nascimento (dente natal) ou por volta de 2 a 3 meses de idade (dente neonatal).

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Tratamento – Consulte um odontopediatra que irá verifcar a necessidade de extração em casos onde:

–  Haja mobilidade e implantação superficial, pois há o risco de aspiração do dente
–  Haja desconforto na amamentação com prejuízo para mãe ou bebê.

O dente pode fazer parte da dentição decídua ou ser um supranumerário. Em casos de supranumerário a extração é indicada.

Importante aguardar 10 dias para operar para evitar hemorragia por deficiência de vit K (comum no recém nato) e que  atua diretamente na coagulação, aumentando o sangramento.

 

Lesão de Riga Fede  – é  uma úlcera na base da língua causada pelo bordo cortante do dente natal ou neonatal durante a amamentação.

Tratamento: inicialmente suavização e alisamento da borda incisal. Em casos de supranumerários e dentes com mobilidade acentuada a indicação é extração. Não devemos negligenciar perda de peso em neonatos! O tratamento visa cicatricação da lesão, retorno à amamentação e ganho de peso.

Riga Fede

 

 

 

Freio lingual curto

 

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O freio lingual é uma prega de tecido localizada embaixo da língua e que se insere na parte de trás da gengiva inferior. Considera-se o freio curto, quando há restrição aos movimentos da língua.

Essa restrição pode prejudicar a amamentação e, posteriormente, o desenvolvimento da fala.

O tratamento nos casos em que o freio curto compromete a amamentação e ganho de peso do bebê é a frenectomia.

É um procedimento, relativamente simples, com anestésico tópico. Pode ser realizado com poucos dias de vida.

 

Nódulos de Bohn, Pérolas de Epstein, Cisto de Lâmina Dentária

São pérolas brancas que diferem de nome pela localização. O tratamento é expectante com regressão espontânea entre 4 a 5 semanas.

Nódulos de Bohn localizado nos rodetes gengivais por vestibular ou palatina

 

Nodulos de Bohn

 

Pérolas de Epstein localizadas na rafe palatina

Perolas de Epstein

 

 Cistos de lâmina dentária localizadas na crista do rodete

Cistos de lamina

 

Fissuras Labio-palatinas

Ver em: http://naiaodonto.com.br.br/cuidados/pre-natal-odontologico/

 

 

Crianças de 0 a 6 meses de idade:

 

 

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A visita ao odontopediatra é importante para que a mãe seja orientada quando à importância da dieta, da transição alimentar, higiene bucal e hábitos bucais.
Aleitamento exclusivamente materno – Estudos confirmam que o alimento natural ajuda a reduzir o índice de cárie.
Aleitamento artificial – Importante lembrar que, na maioria das vezes, o leite é acrescido de alguns complementos como farinha e açúcar, o que aumenta seu teor cariogênico.

 

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Depois que os dentes nascem, a higienização é fundamental!

A limpeza dos dentes pode ser realizada com o uso de uma gaze (ou fralda) embebida em água filtrada passando delicadamente nos dentinhos. O uso de escova pequena com cerdas macias ou dedeiras, apropriadas para a idade, também é recomendado. O hábito de escovar os dentes após as refeições deve ser incentivado, mas é importante dizer que a escovação antes de dormir é a mais importante!

 

Cronologia de irrupção

Crianças de 6 a 30 meses de idade.

A criança ao nascer, já apresenta todos os dentes da primeira dentição (dentes de leite) em formação.
Durante o 1º ano de vida o primeiro dente pode erupcionar (nascer) a qualquer momento.

Os dentes do bebê geralmente aparecem na mesma sequência, porém a época do aparecimento do 1º dente é muito variável, há crianças com o 1º dente aos 2 ou 3 meses e outras somente após 1 ano de idade.
Um atraso pode ser considerado normal em torno de mais de 6 a 8 meses da idade sugerida.

Sequência e cronologia de erupção dos dentes decíduos:

 

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Distúrbios de irrupção

Durante o nascimento dos dentes poderão ocorrer alguns sintomas, como coceira e abaulamento da gengiva, aumento da salivação, estado febril e até as fezes podem ficar mais líquidas.

O bebê fica muito irritado. Para ajudar o rompimento dos dentinhos e melhorar esse desconforto, devemos oferecer ao bebê, alimentos mais duros e mordedores de borracha que irão massagear a gengiva.

Colocar os mordedores na geladeira por alguns minutos também ajuda minimizar a dor.

 

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Hematoma de erupção (Cisto de erupção)

 

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Apresenta-se como um inchaço na região do dente a erupcionar. Há um acúmulo de líquido que pode ter coloração arroxeada.

Normalmente sofrem resolução espontânea. A necessidade de excisão cirúrgica quando não há auto-resolução e há interferência nas funções de sucção ou mastigação.

Crianças de 6 a 12 meses de idade

É a época de irrupção da dentição decídua e necessidade de introdução de novos alimentos, bem como introdução da colher e copinhos.

Aos 6 meses – Início de alimentação pastosa como sopinhas de legumes amassadas com garfo e frutas raspadas.

Entre 8 e 9 meses – Entram os semi-sólidos, alimentos cozidos em pedaços.

Por volta de 12 meses – Entram os sólidos e a criança já deve ser capaz de mastigar arroz, bolacha, carnes, saladas e frutas.

Evite adoçar para que o bebê aprenda a gostar do sabor natural dos alimentos.

Com esses cuidados você estará estimulando e propiciando adequado desenvolvimento das arcadas dentárias e correto posicionamento dos dentes.

 

Amamentação

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O aleitamento natural se constitui no cuidado mais completo que se pode dar ao bebê, da alta capacidade nutritiva ao poder de imunização, do prazer físico à necessidade psicológica, da estimulação adequada à boca e ao sistema respiratório.

O leite materno é especificamente adaptado para atender as necessidades nutricionais do bebê, que além de providenciar energia para o seu desenvolvimento e crescimento, fornece proteção contra infecções e condiciona o trato intestinal do recém-nascido para futuramente receber os alimentos.

A criança que é amamentada em livre demanda, e somente no peito, recebe líquidos e nutrientes em quantidade e qualidade suficiente para hidratá-la, não necessitando de complementos.

Para o bebê retirar o leite do peito, cerca de 20 músculos orofacais trabalham ativamente para que ele mame de forma eficiente e também para que ocorra o correto desenvolvimento da face e dos dentes.

O recém-nascido tem a mandíbula pequena e retraída (posicionada para trás). Os movimentos que ele realiza para extrair o leite das mamas favorecem o crescimento da mandíbula, proporcionando posição ideal para o surgimento dos dentes.

O bebê amamentado no peito cria hábitos corretos de deglutição (engolir), de respiração (reduzindo as chances de se tornar um respirador bucal) e também fortalece a musculatura, auxiliando futuramente a correta mastigação.

Crianças amamentadas até os seis meses de idade, tem menos probabilidade de desenvolverem a cárie dentária.

Importante ressaltar que os bebês em aleitamento não devem usar chupeta ou outro bico artificial antes do 1º mês de vida, para evitar a confusão de bicos.

Apenas após o 1º mês, quando a amamentação já estiver estabelecida e o bebê ganhando peso, é que se poderia iniciar o uso, mas apenas para dormir.

O uso da chupeta não é recomendado e é, em muitos casos, responsável pelo desmame precoce.

 

A amamentação deve ser incentivada e preservada por todos!

 

 

Composição do leite materno

Milhões de células vivas incluindo glóbulos brancos, que reforçam o sistema imunitário e células estaminais, que podem ajudar no desenvolvimento e regeneração dos órgãos.

Mais de 1000 proteínas que ajudam o seu bebé a crescer e a desenvolver-se, ativam o seu sistema imunitário e desenvolvem e protegem os neurónios no seu cérebro. Alguns deles, denominados nucleotídeos, aumentam durante a noite e os cientistas pensam que podem provocar o sono e ditar o ritmo biológico (dia e noite).

Mais de 200 açúcares complexos denominados oligossacarídeos que atuam como probióticos, alimentando o intestino do seu bebé com “bactérias boas”. Também impedem que as infeções entrem na sua corrente sanguínea e diminuem o risco de inflamação cerebral.

Mais de 40 enzimas. As enzimas são catalisadores que aceleram as reações químicas no corpo. As que estão no seu leite têm tarefas como ajudar a digestão e o sistema imunitário do bebé e ajudá-lo a absorver ferro.

Fatores de crescimento que sustentam o desenvolvimento saudável. Estes têm efeito em muitas partes do corpo do bebé, incluindo os intestinos, os vasos sanguíneos, o sistema nervoso e as glândulas, que segregam hormonas.

O leite materno é rico em hormônios. Enviam mensagens entre tecidos e órgãos, para garantir que trabalhem adequadamente, regulam o apetite e os padrões de sono do seu bebé e ainda reforçam a ligação afetiva e reduz o stress.

Vitaminas e minerais – nutrientes que sustentam o crescimento saudável e o funcionamento dos órgãos, além de ajudarem na formação dos dentes e dos ossos do bebê.

Anticorpos, também conhecidos como imunoglobinas. Existem cinco formas básicas de anticorpos e todas podem ser encontradas no seu leite. Protegem o bebê de doenças e infeções, neutralizando bactérias e vírus.

Ácidos graxos de cadeia longa porque têm um papel crucial no desenvolvimento do sistema nervoso do bebê, ajudando também no desenvolvimento de um cérebro e de uma visão saudáveis.

Muda de sabor dependendo do que a mãe ingere e nas diferentes horas do dia, nunca tem o mesmo sabor.

 

Dificuldades na amamentação

A mãe deve ser orientada quanto à pega e posição correta na hora da amamentação.

O bebê deve abrir uma grande boca e abocanhar toda a aréola e deve ficar em uma postura vertical e de frente para a mãe.

Quando isso não acontece e o bebê apenas suga o bico do peito podem ocorrer fisuras, mamas cheias e ingurgitadas.

Por outro lado, um dos grandes benefícios em amamentar o bebê na posição vertical é que estaremos evitando problemas respiratórios, auditivos e de deglutição.

Leia Mais sobre Amamentação

Leia Mais sobre Amamentação em RNO

Hábitos Bucais

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Dentre os hábitos bucais podemos citar: a respiração bucal, sucção de dedo, chupeta ou lábio, uso da mamadeira, bruxismo, onicofagia (roer as unhas).

Os hábitos bucais podem interferir no desenvolvimento correto da criança, podendo levar a alterações oclusais como:

  • Alterações no posicionamento dos dentes
  • Desvio do crescimento dos ossos da maxila e mandíbula
  • Alterações na deglutição (ato de engolir)
  • Alterações na fonação (fala)

Para que a má oclusão se instale, devemos observar:

Intensidade do hábito – quantas horas por dia.
Duração do hábito – quanto maior o tempo de uso, maiores as seqüelas.
Biotipo da criança – padrão hereditário (caso algum dos pais apresentem algum tipo de má oclusão).

Importante ressaltar que a criança amamentada em livre demanda, na maioria das vezes, tem sua necessidade fisiológica de sucção suprida.

A introdução de chupeta e mamadeira é realizada pelos pais e reflete um inconsciente coletivo de que os bebês precisam desses artifícios. São eles então, responsáveis por esse hábito, já que o administram.

Muitas crianças, inclusive, rejeitam e não aceitam chupeta nem mamadeira.

 

Remoção de hábitos

Importante lembrar que todo processo de remoção de hábitos deve ser lento e gradativo. É necessário compreender e procurar a causa do hábito. O apoio familiar é muito importante! Devem-se evitar chantagens, punições ou castigos. Vale mais conscientizar a criança sobre os efeitos causados nos dentes e estimular, através de programas educativos, para que deixe o habito.

Caso a remoção do hábito seja antes dos 2 anos de idade, em alguns casos, as alterações causadas podem regredir naturalmente, sem a necessidade de uso de aparelhos.

 

Algumas dicas:

Remoção de mamadeira:

Antes de remover a mamadeira, é importante substituir pelo copo uma das mamadas. Quando perceber que seu filho está aceitando bem, comece a “negociação” para substituição da mamada noturna. Esse processo pode durar de 2 a 6 meses, dependendo da criança e também do compromisso da família.
Para facilitar use copos com tampa, também chamados de copos de transição.

Outra “estratégia” usada por alguns é diluir gradativamente a mamadeira noturna, com isso o leite vai ficando sem sabor e a criança o rejeita. Oferecer um leite saboroso no copo e dizer que provavelmente é a mamadeira velha que está estragando o leite.
Importante lembrar que uma criança com mais de 3 anos consegue alimentar-se bem, sendo nutricionalmente, desnecessária a mamada durante a madrugada.
É um hábito nocivo, que oferece risco de cárie e deve ser retirado!

 

Copos de Transição

Ao falar de copos de transição, podemos imaginar três cenários:

  1. Criança amamentada exclusivamente no peito
  2. Criança amamentada no peito e mamadeira
  3. Criança que usa apenas mamadeira

Isso poderá nos dar uma noção da dificuldade ou facilidade que ocorrerá essa transição, como também da importância e urgência em introduzi-los.

Recomenda-se a amamentação exclusiva até os 6 meses e após esse período a oferta de outros líquidos.

O bebê é capaz de usar o copo comum, de tamanho infantil, com bordas arredondadas. A postura para segurar o copo e para engolir será ativa e isso deve ser estimulado.

A introdução da mamadeira incentiva o desmame precoce, provoca confusão de bicos e promove uma forma passiva de segurar e deglutir (engolir).

Muitos pais continuam usando a mamadeira para oferta de água e suco e essa é uma prática que deve ser evitada.

Embora o ideal seja o uso de copo comum, sabemos que ele não é tão prático.

Assim a busca pelo copo de transição ideal será aquele que mais se aproximar de um copo comum.

Qualquer copo que a criança precise sugar, através da formação de uma pressão negativa intra-oral não são funcionais e podem, ao trabalhar músculos errados, alterar o crescimento fisiológico dos ossos da face. Por exemplo, ao usar um canudinho muito fino a criança precisa fazer uma força muito grande nos músculos da bochecha (músculo bucinador). A pressão da bochecha comprime a maxila e pode torna-la atrésica. Como um problema leva a outro, na presença de atresia de maxila, a língua perde sua postura correta e altera a forma de deglutir e a fala. Como consequência, aumentam-se os riscos de desenvolver respiração bucal, má-oclusao, patologias respiratórias e distúrbios de fala.

O copo de transição deve ser escolhido não por ser o mais moderno ou o que faz mais sucesso com as mães ou com as crianças. Precisamos lembrar que assim como mamadeira, o copo de transição não é um acessório. É um instrumento e precisa de indicação, finalidade definida, avaliação do padrão de sucção do bebê e prescrição.

Cada caso é um caso.

Não há problema em usar um canudinho, em usar um bico, eventualmente. Mas há sim a importância em saber reconhecer quais são as necessidades individuais do seu filho.

A avaliação e orientação de um profissional, certamente fará a diferença.

Exemplo de um copo de transição ideal: http://bit.ly/1KylzLI

 

Remoção de chupeta:

Para remover a chupeta, deve-se reduzir o seu uso a cada dia. Comece utilizando moderadamente somente quando a criança estiver adormecendo.
Quando a criança dormir, lentamente, retire a chupeta da boca e guarde-a. A chupeta não deve ficar à disposição da criança. É a mãe que deve administrar as horas de uso da chupeta, e não a criança.Incentivar a autonomia da criança é muito importante.
Realçar as coisas típicas de bebê: fralda, chupeta, mamadeira e compará-las com as coisas novas dessa fase de “criança”. Vale falar dos copos do personagem preferido, do sorriso do super herói, do futebol com o pai, etc.

É papel dos pais na remoção de hábitos:

  • nunca oferecer
  • não deixar disponível
  • não levar quando sair
  • não comprar mamadeiras ou chupetas novas
  • restringir o uso ao momento de dormir – (Se quiser usar durante o dia, pode. Mas, será no berço!).
  • não oferecer mamadeira como substituto de refeição.

Importante sempre dar um reforço positivo à criança!

 

Remoção do Dedo:

Há uma grande discussão sobre o hábito de chupar o dedo. Muitos consideram pior do que o hábito de chupar chupeta. E que o melhor é estimular o uso da chupeta, pois é “mais fácil” de tirar.

Precisamos, mais uma vez, observar e compreender os momentos em que essa criança recorre ao hábito. É o mesmo dedo? Da mesma maneira? Quais são esses momentos? Qual o sentimento que a criança tenta suprir? O uso está relacionado a problemas que a criança enfrenta no ambiente familiar ou na escola? (separação dos pais, nascimento de um irmão, carência afetiva, competição ou discriminação por parte dos colegas).

Geralmente, a chupeta é usada quando os pais precisam que a criança se acalme, enquanto o dedo é usado quando a criança carece de conforto.

A grande diferença entre os dois hábitos é que o dedo está disponível para a criança quando ELA precisa. Enquanto a chupeta é oferecida quando os PAIS precisam…

Há bebês que sugam o dedo desde o útero. Essas crianças apresentam uma grande necessidade de sucção. O primeiro fator que irá contribuir para solucionar essa necessidade é a amamentação em livre demanda.

Esse então seria o primeiro passo.

Além do aleitamento materno a mãe precisará de muita paciência e carinho. Ao perceber que o bebê inicia a sucção, retirar o dedo delicadamente e oferecer o peito, brincar com as mãozinhas ou proteger as mãos com luvas são algumas opções.

Há bebês que descobrem os dedos durante a erupção dos dentes. Levam a mão à boca para aliviar os sintomas e acabam sugando os dedos e adquirindo o hábito nesse momento.

Há um grande desconforto na erupção dos dentes, pois coçam e doem. Mordedores são muito uteis e substituem a mão. Ofereça mordedores, preferencialmente gelados (coloque-os na geladeira antes de oferecer à criança). O alívio dado pelo mordedor fará a criança esquecer o dedo.

Quando a criança estiver com o dedo na boca, não recrimine, apenas tente distraí-la para outra atividade que tenha que fazer uso das mãos.

Para a remoção do hábito prepare-se para o processo consciente de que a paciência e o reforço positivo são peças-chave e que frustrações fazem parte dele.

A criança precisa entender, concordar e participar do processo.

A consulta a um profissional também ajudará. Ele também terá um papel importante na conscientização da criança. Devemos conversar explicando o porquê da remoção, fazendo reforços positivos, motivando com muito amor e compreensão. Deve-se usar muita criatividade, procurando distrair a criança.

Colocar um band-aid no dedo, amarrar um lencinho ou vestir uma luva no momento de dormir são algumas delas. Altas doses de amor, paciência e determinação, porém, continuam sendo os fatores essenciais para que a remoção do hábito ocorra de maneira positiva e sem traumas para a criança.

 

Aparelho para remoção de hábito bucal

Caso falhem todas as tentativas, podemos recorrer a aparelhos específicos para remoção de hábitos.

O hábito bucal envolve um aspecto emocional importante. A criança deve ser respeitada e compreendida para que possa ter um desenvolvimento saudável.

A necessidade de sucção faz parte da fase oral e deve ser suprida.

Esse aparelho possui um recurso denominado “mamilo” que permite que a criança faça a sucção, esgotando essa necessidade. Ao eliminarmos o hábito, damos condição para que o crescimento saia do padrão patológico.

Mamilo - Aparelho para remoção de hábitos
Mamilo – Aparelho para remoção de hábitos

Alimentação e Mastigação

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A mastigação é fator fundamental no crescimento equilibrado das arcadas dentárias e da face da criança.
Responsável por tonificar os músculos do rosto, modela a forma dos ossos e a posição dos dentes, além de ser a primeira fase da digestão dos alimentos.
Por isso é tão importante cuidarmos desta função.

Já no primeiro ano de vida, ocorre a transição entre a amamentação e o início da mastigação (com o surgimento dos primeiros dentes).
É essencial que o alimento fique cada vez mais consistente, duro e seco, a fim de estimular a eficiência da função mastigatória.

Essa transição depende de vários fatores: postura ereta da cabeça, posição espacial da mandíbula e presença de dentes. Pode durar vários meses, dependendo da velocidade de maturação dos principais eventos do desenvolvimento neuromuscular.

É um erro comum achar que o bebê deve comer papinhas batidas e peneiradas por muito tempo. Esse tipo de consistência não estimula a força dos músculos e o desenvolvimento dos ossos faciais.
As arcadas dentárias: superior (maxila) e inferior (mandíbula) devem trabalhar em harmonia.
A mandíbula possui duas articulações (ATM’s) que necessitam de equilíbrio para que uma não seja sobrecarregada em relação à outra. Por isso a importância da mastigação ser bilateral e alternada.

Durante a mastigação os lábios devem estar selados e os movimentos mandibulares devem ser bilaterais e alternados. Isso significa que a criança deve ser capaz de mastigar do lado direito e do lado esquerdo com a mesma facilidade e potência.

O mesmo se aplica a todas as outras faixas etárias: a consistência dos alimentos deve ser observada e cuidada. O ideal é haver variação e dar preferência a alimentos mais consistentes que precisam ser mastigados com mais intensidade e duração.
Qualquer dificuldade ou preferência mastigatória de um lado só, irá desencadear um desenvolvimento assimétrico. Que de início será apenas muscular, mas que com a frequência pode se tornar uma assimetria óssea.

A introdução de alimentos duros e mais secos irá necessitar de esforço muscular o que contribuirá para o perfeito desenvolvimento da fala e dos ossos da face da criança.
É um momento que requer muita paciência, pois as crianças cospem, engasgam, fazem caretas. Muitas mães pensam que é uma rejeição da criança ao alimento, mas é apenas uma adaptação às novas texturas e novos sabores.

Leia mais sobre Mastigação

Higiene Bucal e Cárie

Placa bacteriana – Principal causa de cáries, gengivites e periodontites. Película pegajosa e transparente que se forma sobre a superfície dos dentes, ao redor das gengivas, composta por bactérias que decompõem os restos alimentares, produzindo ácidos que atacam os dentes e gengivas.

 

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Tártaro – é a placa bacteriana amadurecida e envelhecida. Apresenta-se em forma de placas calcificadas.

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Gengivite – Inflamação das gengivas causada pelas bactérias presentes na placa bacteriana.

Características: vermelhidão, inchaço, sangramento e gengivas sensíveis.

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Periodontite – Fase mais avançada de gengivite.

A principal causa de perda de dentes entre adultos é a doença periodontal.

 

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A placa bacteriana com o tempo poderá se mineralizar formando o tártaro ou cálculo gengival. Juntos a placa e o tártaro, deslocam a gengiva através da destruição das fibras que unem o dente ao osso (ligamento periodontal). Se os fatores irritantes (placa e tártaro) não forem removidos, a estrutura óssea que sustenta o dente poderá ser comprometida e, em longo prazo, poderá ocorrer perda do dente.
Além da placa bacteriana, outro fator desencadeante da doença periodontal é o trauma oclusal (tanto a falta como o excesso de carga) sofrido pelo dente durante a mastigação.

Características: Sangramento gengival ao escovar os dentes, reabsorção óssea, presença de bolsas periodontais, presença de pus e mau hálito.
A mobilidade ou afastamento dos dentes: mudança na maneira como os dentes se encaixam (trauma dental ou falta de função do dente) podem sinalizar alterações no periodonto.
No entanto, você pode ter doença periodontal e não ter nenhum destes sintomas, daí a importância da visita regular ao dentista.

Para prevenir a doença periodontal, deve-se remover a placa bacteriana dental, através de uma higienização correta. Cheque com o seu dentista se sua maneira de escovar os dentes está adequada.

A limpeza profissional, com um dentista ou higienista, é necessária pelo menos duas vezes ao ano. Se você está em tratamento para doença periodontal podem ser necessárias visitas mais frequentes.

Estresse e problemas periodontais – Uma das hipóteses para essa ligação é a liberação do hormônio cortisol, ligado ao stress, que aumenta a susceptibilidade a inflamações em todo o organismo. Além disso, pessoas estressadas se preocupam menos com a higiene e alimentação.

A doença periodontal pode também estar relacionada à síndrome coronariana aguda.

As bactérias presentes na cavidade oral podem cair na circulação sanguínea, o que aumenta o risco de complicações para pacientes portadores de doenças sistêmicas, com destaque para a Endocardite Infecciosa.

Esta é uma doença severa, causada por microrganismos que atingem as válvulas cardíacas, por causas congênitas, por uso de próteses cardíacas ou por defeitos cardíacos anatômicos.

Programa Cárie Zero

Trauma Dental

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Os acidentes mais comuns que ocorrem na dentição de leite são os que envolvem bebês e crianças que estão aprendendo a andar.
Após a queda, o dente amolece em seu alvéolo ou é deslocado de sua posição original. Pode se deslocar para dentro do alvéolo (intruir) ou descer, dificultando o fechamento da boca.

O dentista deve ser consultado – É necessário um exame radiográfico para verificar a extensão do dano e acompanhamento para observar a evolução do caso.
O dentista deve também orientar os pais sobre os cuidados a serem tomados na área afetada, assim como sobre futuros problemas que poderão comprometer a dentição permanente.

É comum ocorrer, após 2 ou 3 dias do acidente, uma mudança de cor, um escurecimento da coroa do dente. Essa mudança é um sinal do derramamento de sangue que ocorreu devido ao trauma.

Nos dentes de leite, nem sempre uma mudança de cor da coroa significa perda da vitalidade e em muitos casos, a cor poderá retomar ao seu normal.

O organismo pode reabsorver esse sangue e a cor do dente voltar quase à cor natural dos dentes, mas pode ocorrer também o aparecimento de uma fístula de pus na gengiva acima do dente. Esse é um sinal de que o dente perdeu vitalidade e houve necrose – o tratamento de canal é necessário.

 

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Importante:  Após o trauma na dentição decídua é necessário o acompanhamento do dentista por haver possibilidade de danos para a dentição permanente. Observe na figura abaixo que os dentes permanentes já estão em formação e estão em íntima relação com os dentes decíduos.

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Dente fraturado

As fraturas podem comprometer apenas esmalte, esmalte e dentina ou ainda esmalte, dentina e raiz com comprometimento pulpar.
A melhor maneira de se evitar fraturas nos dentes é preveni-las. Assim, no caso de esportes, como andar de bicicleta, andar de “skate”, basquete, vôlei, jogos de futebol ou “rugby” e outros esportes coletivos é importante o uso de protetores bucais.

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Avulsão

Perda total de um dente. Em certas circunstâncias, como impactos horizontais é comum acontecer um deslocamento total do dente.

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Para que aumentem as chances de salvar esse dente é fundamental alguns cuidados.
Se o dente for de leite, a colocação do dente de volta em seu lugar NÃO é indicada; a probabilidade de sucesso é mínima.

Já no caso do dente permanente, o reimplante é indicado.

Para que se obtenha sucesso no reimplante é necessário:

Manter a calma e fazer a criança morder uma gaze ou um pano limpo com pressão para que se possa controlar o sangramento.

LEMBRE:

  •  Pegue o dente somente pela coroa.
  • Não toque na raiz.
  • Resíduos devem ser cuidadosamente retirados do dente com soro fisiológico ou leite morno.
  • Não esfregue o dente.
  •  Coloque o dente de volta no seu lugar (no alvéolo) na boca da criança.
  • Observe a posição de encaixe do dente.
  • Faça a criança morder uma gaze ou pano limpo, para que o dente se mantenha na posição.
  • Procure imediatamente um dentista.

Caso você não consiga colocar o dente em sua posição, mantenha-o em uma solução de soro fisiológico ou em leite morno ou mesmo na boca da criança (debaixo da língua) e procure imediatamente um dentista.

O resultado final de um reimplante depende muito do período que o dente ficar fora do alvéolo e da conservação do mesmo nesse período.

O dente deverá ficar fora de seu alvéolo o menor tempo possível.
O dente reimplantado deverá ser “fixado” pelo dentista em sua posição e ter o seu canal tratado; mesmo assim com o decorrer do tempo, haverá uma diminuição do tamanho de sua raiz.

O tempo médio da permanência de um dente reimplantado na boca é de 1 até 5 anos; muitas vezes esse tempo é o necessário para que a oclusão se defina e novas condutas possam ser tomadas.

Dra. Naia Tonhá de Almeida

CROSP 47750

  • Formada em Odontologia pela UNISA – 1991  http://bit.ly/1pXVjrv
  • Pós-graduada em Odontopediatria  http://bit.ly/1Sw39zG
  • Especialista em Ortopedia Funcional do Maxilares pelo CFO  http://bit.ly/1VnSjAN
  • Mestrado em Homeopatia pela FACIS – IBEHE  http://bit.ly/1Ryf6se
  • Integra a equipe de atendimento especializada ao Respirador Bucal da Dra. Gabriela Dorothy de Carvalho.
  • Membro da ABPPRNO (Associação Brasileira Pedro Planas Reabilitação Neuro Oclusal)  http://bit.ly/1Y9kGlh
  • Membro do NEOM-RB (Núcleo de Estudos de Ortopedia dos Maxilares e Respirador Bucal)  http://bit.ly/25FbHxY
  • Ex-Professora do curso de Ortopedia Funcional dos Maxilares – ADOCI –
    Guarulhos  http://bit.ly/1RHcNjh
  • Professora do curso SOS Respirador Bucal – NEOM-RB Pesquisa Educação e Atendimento em Odontologia  http://bit.ly/25FbHxY
  • Pós graduada em Atendimento Neonatal e Bebês – Suporte ao Aleitamento Materno
    Membro da Academia Brasileira de Ortopedia Funcional dos MAxilares –
    ABOFM https://www.abofm.com.br/membros.html
  • Especializanda em Sindrome de Down Trissomia 21 – CEPEC Dr. Zan Mustacchi – Faculdade Medicina ABC
  • Autora do livro infantil: Golfinho tem dor de dente? e Quem usa chupeta, tem que parar!
  • Palestrante em escolas