Gengivite gravídica
É uma resposta inflamatória exagerada em relação a fatores irritantes que causam a gengivite comum, podendo ocorrer ainda aumento da mobilidade dentária, do fluido gengival e da profundidade da bolsa por alterações no equilíbrio hormonal.
Risco
Estudos apontam que a gengivite gravídica está diretamente ligada a partos prematuros e em que a criança nasce abaixo do peso normal.
Tratamento
Meticulosa higiene oral (escovação e uso de fio dental) com acompanhamento do dentista.
– A gengivite gravídica, embora acentuada pelos hormônios circulantes na gravidez, só ocorrerá na presença de placa bacteriana.
Cárie
A gravidez não é responsável pelo aparecimento de cáries nem pela perda de minerias dos dentes. O aumento da atividade cariogênica está relacionado a alteração da dieta (por comer mais) ou por ter a boca mais ácida pelos vômitos ou por deficiência na higiene bucal.
Tratamento
Controle da higiene oral (escovação e fio dental) e, caso a cárie esteja instalada, remoção da cárie pelo dentista. O cuidado será com o uso de anestésico que não deverá conter adrenalina.
Urgências
Dor decorrente de abcessos agudos, fraturas dentais, pulpite, inflamações, etc.
Tratamento
Deve ser realizado independentemente do período da gravidez. O cuidado será com o uso de anestésico que não deverá conter adrenalina.
Tratamento odontológico na gravidez
A gestante pode ser atendida em qualquer idade gestacional, no entanto, o segundo trimestre é o momento mais oportuno por ser uma fase de estabilidade.
Primeiro Trimestre – Formação do bebê.
Segundo Trimestre – Período de escolha para realização de procedimentos odontológicos.
Terceiro trimestre – Qualquer complicação pode acelerar o parto.
Todo tratamento e medicamento prescrito precisa ser avaliado pelo médico ou dentista quanto a sua real urgência.
RX
O uso da radiação deve ser realizado dentro das prerrogativas acima, com o uso do colete de chumbo protegendo bem a barriga da gestante.
Anestésico
Existem anestésicos no mercado que podem ser usados com segurança tanto nas gestantes como nos idosos, cardíacos e crianças.
Malformação do terço médio da face, que se devem à falta de fusão dos processos maxilares e palatino, ocorre entre a 4ª e 12ª semana de gestação. A etiologia das fissuras congênitas da face é desconhecida. Os fatores hereditários, os fatores ambientais e a interação entre ambos são considerados como predisponentes ao desenvolvimento das fissuras lábio palatinas.
Dentre os fatores ambientais: fatores nutricionais (carência de minerais e vitaminas) químicos (uso de drogas: esteroides, anticonvulsionantes, ansiolíticos, fumo e álcool), endócrinos (alterações hormonais) e infecciosos (doença infecciosa no primeiro trimestre de gestação, tais como: toxoplasmose, rubéola, sífilis, malária, difteria, pneumonia e escarlatina).
As fissuras podem ser uni ou bilateral:
– Fissura Labial – só do lábio (ou pré alveolar)
– Fissura Palatina – só do palato (ou pós alveolar)
– Fissura Labiopalatina – do lábio e do palato (ou alveolar)
Diagnóstico: é feito através do exame ultrassom morfológico e após o diagnóstico a gestante deve ser encaminhada a uma equipe especializada.
Tratamento: a equipe composta por vários profissionais (entre eles cirurgião-dentista, médico pediatra, cirurgião plástico, fonoaudiólogo e psicólogo) iniciará o tratamento neonatal, promovendo assim adequada reabilitação estético-funcional e perfeita integração sócio-psicológica.
Fissura labial – a recomendação é corrigir nas primeiras 24h a 72h depois do nascimento para reconstituir o lábio superior e reposicionar o nariz, pois quase sempre existe um desabamento da asa do nariz, por falta de apoio do músculo que está solto daquele lado.
Fissura labiopalatina – a conduta preconizada é realizar a cirurgia nem cedo demais para não afetar o crescimento do osso, nem tarde demais para não prejudicar a fala. Preconiza que seja em fases entre 3 a 24 meses, iniciando pelo fechamento do palato mole. O fechamento completo precoce do palato anterior e posterior podem produzir alterações dentárias significativas. Enquanto esperam pelo final da reconstituição, as crianças usam um aparelho ortodôntico, que cobre a fenda palatina e permite que se alimentem.
Prevenção: aconselhamento genético em famílias onde já houve caso de fissura, evitar contato com os fatores ambientais descritos acima, dieta equilibrada e uso do ácido fólico, prescrito pelo médico para o primeiro trimestre da gravidez. O ácido fólico é fundamental na prevenção das fissuras.
Não se auto-medique: O uso de medicamentos sem o conhecimento do médico podem afetar o bebê em formação!
Os “dentes de leite” começam a se formar a partir da 6ª semana e os dentes permanentes a partir do 5ª mês de vida intra-uterina.
Condições desfavoráveis durante a gestação podem trazer alterações nos dentes em fase de formação e mineralização. (ex: uso de medicamentos, infecções, carências nutricionais, etc).
Importante que a gestante tenha uma dieta balanceada, constituída por diferentes grupos de alimentos (carnes, frutas, legumes e verduras, cereais, leite e derivados).
Entre a 6ª e a 10ª semana – início da odontogênese (formação dos dentes) decíduos.
4 meses – Início da mineralização dos dentes decíduos (incisivos) e formação das papilas gustativas. Nesse momento é muito importante o controle da DIETA materna, pois suas preferências nesse período poderão determinar as preferências futuras do bebê. Orientar por uma dieta rica em frutas e verduras e pobre em açúcares ajudarão no desenvolvimento do paladar do bebê para esses tipos de alimentos.
5 meses – Início da odontogênese dos incisivos e primeiros molares permanentes e evolução da mineralização dos decíduos (caninos).
6 meses – Início da odontogênese dos caninos permanentes e evolução da mineralização dos decíduos (molares).
7 e 9 meses – Início da odontogênese dos primeiros e segundos pré-molares e início da mineralização dos incisivos e molares permanentes. A mandíbula está retruída (para trás) em relação à mandíbula.
A alimentação da gestante não deve ser restritiva, isto significa que ela não deve deixar de consumir alimentos fontes de açúcar, bem com óleos e gorduras, porém, isto deve ser feito com moderação.
Durante a gravidez é muito importante que a mãe consuma alimentos variados, para assim, garantir o aporte de energia, vitaminas e minerais necessários para o desenvolvimento do feto.
Em especial no primeiro trimestre de gravidez que é a fase de formação de órgãos, há uma grande necessidade de ácido fólico, uma vitamina do complexo B, fundamental para evitar má formação no bebê.
Apenas o médico poderá prescrever o uso de qualquer suplemento nutricional.
Uma alimentação saudável e adequada para esse período se refletira até no futuro paladar da criança, pois aos 4 meses de gestação se dá a formação das papilas gustativas do bebê.
Existem estudos que orientam pela limitação do consumo de laticínios e derivados da alimentação. Consideram que a gordura saturada associada aos produtos químicos que são utilizados durante a sua produção, os tornam um alimento de alto risco. Outros estudos reportam o alto poder alergênico da proteína do leite e que ela seria responsável pelo aumento do muco, dificultando a respiração. Somos os únicos mamíferos que consomem leite na idade adulta. Isso deveria solicitar uma reflexão.
A sugestão é que a dieta seja a mais variada e diversificada possível. Uma dieta a base de um único alimento não deveria ser preconizada. Os lacticínios podem ser substituídos por legumes de folha verde, soja enriquecida e grãos de várias espécies, para substituir o cálcio.
A utilização de suplementos de flúor pré-natal está contra-indicada:
– Não há estudos que demonstrem benefício para os dentes do bebê em desenvolvimento.
– O flúor prescrito associado a outras vitaminas e sais minerais, reduz a absorção de cálcio importante para a gestante e o feto.
– Não há uma relação segura entre dose e efeito.
– Os conhecimentos atuais acerca do mecanismo de ação do flúor, referem seus efeitos benéficos após a irrupção (nascimento) dos dentes.
– Risco de fluorose (mancha no esmalte dos dentes).
É um distúrbio de formação dentária causada por excessiva ingestão de flúor durante o período de formação e maturação do esmalte (amelogênese) tendo como resultado uma hipomineralização dos tecidos dentais duros.
Aspectos clínicos: variam de acordo com a gravidade da lesão. Desde opacidades no esmalte a erosões completas do esmalte dentário.
Período de suscetibilidade é até os 6 anos de idade.
Quando bem indicado e após erupção dos dentes, o flúor local pode ser um excelente recurso à disposição do profissional no controle da cárie.
Gengivite gravídica
É uma resposta inflamatória exagerada em relação a fatores irritantes que causam a gengivite comum, podendo ocorrer ainda aumento da mobilidade dentária, do fluido gengival e da profundidade da bolsa por alterações no equilíbrio hormonal.
Risco
Estudos apontam que a gengivite gravídica está diretamente ligada a partos prematuros e em que a criança nasce abaixo do peso normal.
Tratamento
Meticulosa higiene oral (escovação e uso de fio dental) com acompanhamento do dentista.
– A gengivite gravídica, embora acentuada pelos hormônios circulantes na gravidez, só ocorrerá na presença de placa bacteriana.
Cárie
A gravidez não é responsável pelo aparecimento de cáries nem pela perda de minerias dos dentes. O aumento da atividade cariogênica está relacionado a alteração da dieta (por comer mais) ou por ter a boca mais ácida pelos vômitos ou por deficiência na higiene bucal.
Tratamento
Controle da higiene oral (escovação e fio dental) e, caso a cárie esteja instalada, remoção da cárie pelo dentista. O cuidado será com o uso de anestésico que não deverá conter adrenalina.
Urgências
Dor decorrente de abcessos agudos, fraturas dentais, pulpite, inflamações, etc.
Tratamento
Deve ser realizado independentemente do período da gravidez. O cuidado será com o uso de anestésico que não deverá conter adrenalina.
Tratamento odontológico na gravidez
A gestante pode ser atendida em qualquer idade gestacional, no entanto, o segundo trimestre é o momento mais oportuno por ser uma fase de estabilidade.
Primeiro Trimestre – Formação do bebê.
Segundo Trimestre – Período de escolha para realização de procedimentos odontológicos.
Terceiro trimestre – Qualquer complicação pode acelerar o parto.
Todo tratamento e medicamento prescrito precisa ser avaliado pelo médico ou dentista quanto a sua real urgência.
RX
O uso da radiação deve ser realizado dentro das prerrogativas acima, com o uso do colete de chumbo protegendo bem a barriga da gestante.
Anestésico
Existem anestésicos no mercado que podem ser usados com segurança tanto nas gestantes como nos idosos, cardíacos e crianças.
Malformação do terço médio da face, que se devem à falta de fusão dos processos maxilares e palatino, ocorre entre a 4ª e 12ª semana de gestação. A etiologia das fissuras congênitas da face é desconhecida. Os fatores hereditários, os fatores ambientais e a interação entre ambos são considerados como predisponentes ao desenvolvimento das fissuras lábio palatinas.
Dentre os fatores ambientais: fatores nutricionais (carência de minerais e vitaminas) químicos (uso de drogas: esteroides, anticonvulsionantes, ansiolíticos, fumo e álcool), endócrinos (alterações hormonais) e infecciosos (doença infecciosa no primeiro trimestre de gestação, tais como: toxoplasmose, rubéola, sífilis, malária, difteria, pneumonia e escarlatina).
As fissuras podem ser uni ou bilateral:
– Fissura Labial – só do lábio (ou pré alveolar)
– Fissura Palatina – só do palato (ou pós alveolar)
– Fissura Labiopalatina – do lábio e do palato (ou alveolar)
Diagnóstico: é feito através do exame ultrassom morfológico e após o diagnóstico a gestante deve ser encaminhada a uma equipe especializada.
Tratamento: a equipe composta por vários profissionais (entre eles cirurgião-dentista, médico pediatra, cirurgião plástico, fonoaudiólogo e psicólogo) iniciará o tratamento neonatal, promovendo assim adequada reabilitação estético-funcional e perfeita integração sócio-psicológica.
Fissura labial – a recomendação é corrigir nas primeiras 24h a 72h depois do nascimento para reconstituir o lábio superior e reposicionar o nariz, pois quase sempre existe um desabamento da asa do nariz, por falta de apoio do músculo que está solto daquele lado.
Fissura labiopalatina – a conduta preconizada é realizar a cirurgia nem cedo demais para não afetar o crescimento do osso, nem tarde demais para não prejudicar a fala. Preconiza que seja em fases entre 3 a 24 meses, iniciando pelo fechamento do palato mole. O fechamento completo precoce do palato anterior e posterior podem produzir alterações dentárias significativas. Enquanto esperam pelo final da reconstituição, as crianças usam um aparelho ortodôntico, que cobre a fenda palatina e permite que se alimentem.
Prevenção: aconselhamento genético em famílias onde já houve caso de fissura, evitar contato com os fatores ambientais descritos acima, dieta equilibrada e uso do ácido fólico, prescrito pelo médico para o primeiro trimestre da gravidez. O ácido fólico é fundamental na prevenção das fissuras.
Não se auto-medique: O uso de medicamentos sem o conhecimento do médico podem afetar o bebê em formação!
Os “dentes de leite” começam a se formar a partir da 6ª semana e os dentes permanentes a partir do 5ª mês de vida intra-uterina.
Condições desfavoráveis durante a gestação podem trazer alterações nos dentes em fase de formação e mineralização. (ex: uso de medicamentos, infecções, carências nutricionais, etc).
Importante que a gestante tenha uma dieta balanceada, constituída por diferentes grupos de alimentos (carnes, frutas, legumes e verduras, cereais, leite e derivados).
Entre a 6ª e a 10ª semana – início da odontogênese (formação dos dentes) decíduos.
4 meses – Início da mineralização dos dentes decíduos (incisivos) e formação das papilas gustativas. Nesse momento é muito importante o controle da DIETA materna, pois suas preferências nesse período poderão determinar as preferências futuras do bebê. Orientar por uma dieta rica em frutas e verduras e pobre em açúcares ajudarão no desenvolvimento do paladar do bebê para esses tipos de alimentos.
5 meses – Início da odontogênese dos incisivos e primeiros molares permanentes e evolução da mineralização dos decíduos (caninos).
6 meses – Início da odontogênese dos caninos permanentes e evolução da mineralização dos decíduos (molares).
7 e 9 meses – Início da odontogênese dos primeiros e segundos pré-molares e início da mineralização dos incisivos e molares permanentes. A mandíbula está retruída (para trás) em relação à mandíbula.
A alimentação da gestante não deve ser restritiva, isto significa que ela não deve deixar de consumir alimentos fontes de açúcar, bem com óleos e gorduras, porém, isto deve ser feito com moderação.
Durante a gravidez é muito importante que a mãe consuma alimentos variados, para assim, garantir o aporte de energia, vitaminas e minerais necessários para o desenvolvimento do feto.
Em especial no primeiro trimestre de gravidez que é a fase de formação de órgãos, há uma grande necessidade de ácido fólico, uma vitamina do complexo B, fundamental para evitar má formação no bebê.
Apenas o médico poderá prescrever o uso de qualquer suplemento nutricional.
Uma alimentação saudável e adequada para esse período se refletira até no futuro paladar da criança, pois aos 4 meses de gestação se dá a formação das papilas gustativas do bebê.
Existem estudos que orientam pela limitação do consumo de laticínios e derivados da alimentação. Consideram que a gordura saturada associada aos produtos químicos que são utilizados durante a sua produção, os tornam um alimento de alto risco. Outros estudos reportam o alto poder alergênico da proteína do leite e que ela seria responsável pelo aumento do muco, dificultando a respiração. Somos os únicos mamíferos que consomem leite na idade adulta. Isso deveria solicitar uma reflexão.
A sugestão é que a dieta seja a mais variada e diversificada possível. Uma dieta a base de um único alimento não deveria ser preconizada. Os lacticínios podem ser substituídos por legumes de folha verde, soja enriquecida e grãos de várias espécies, para substituir o cálcio.
A utilização de suplementos de flúor pré-natal está contra-indicada:
– Não há estudos que demonstrem benefício para os dentes do bebê em desenvolvimento.
– O flúor prescrito associado a outras vitaminas e sais minerais, reduz a absorção de cálcio importante para a gestante e o feto.
– Não há uma relação segura entre dose e efeito.
– Os conhecimentos atuais acerca do mecanismo de ação do flúor, referem seus efeitos benéficos após a irrupção (nascimento) dos dentes.
– Risco de fluorose (mancha no esmalte dos dentes).
É um distúrbio de formação dentária causada por excessiva ingestão de flúor durante o período de formação e maturação do esmalte (amelogênese) tendo como resultado uma hipomineralização dos tecidos dentais duros.
Aspectos clínicos: variam de acordo com a gravidade da lesão. Desde opacidades no esmalte a erosões completas do esmalte dentário.
Período de suscetibilidade é até os 6 anos de idade.
Quando bem indicado e após erupção dos dentes, o flúor local pode ser um excelente recurso à disposição do profissional no controle da cárie.
Pode acontecer de dentes de leite que erupcionam (nascem) logo após o nascimento (dente natal) ou por volta de 2 a 3 meses de idade (dente neonatal).
Tratamento – Consulte um odontopediatra que irá verifcar a necessidade de extração em casos onde:
– Haja mobilidade e implantação superficial, pois há o risco de aspiração do dente
– Haja desconforto na amamentação com prejuízo para mãe ou bebê.
O dente pode fazer parte da dentição decídua ou ser um supranumerário. Em casos de supranumerário a extração é indicada.
Importante aguardar 10 dias para operar para evitar hemorragia por deficiência de vit K (comum no recém nato) e que atua diretamente na coagulação, aumentando o sangramento.
Lesão de Riga Fede – é uma úlcera na base da língua causada pelo bordo cortante do dente natal ou neonatal durante a amamentação.
Tratamento: inicialmente suavização e alisamento da borda incisal. Em casos de supranumerários e dentes com mobilidade acentuada a indicação é extração. Não devemos negligenciar perda de peso em neonatos! O tratamento visa cicatricação da lesão, retorno à amamentação e ganho de peso.
O freio lingual é uma prega de tecido localizada embaixo da língua e que se insere na parte de trás da gengiva inferior. Considera-se o freio curto, quando há restrição aos movimentos da língua.
Essa restrição pode prejudicar a amamentação e, posteriormente, o desenvolvimento da fala.
O tratamento nos casos em que o freio curto compromete a amamentação e ganho de peso do bebê é a frenectomia.
É um procedimento, relativamente simples, com anestésico tópico. Pode ser realizado com poucos dias de vida.
São pérolas brancas que diferem de nome pela localização. O tratamento é expectante com regressão espontânea entre 4 a 5 semanas.
Nódulos de Bohn localizado nos rodetes gengivais por vestibular ou palatina.
Pérolas de Epstein localizadas na rafe palatina
Cistos de lâmina dentária localizadas na crista do rodete
Ver em: http://naiaodonto.com.br.br/cuidados/pre-natal-odontologico/
Crianças de 0 a 6 meses de idade:
A visita ao odontopediatra é importante para que a mãe seja orientada quando à importância da dieta, da transição alimentar, higiene bucal e hábitos bucais.
Aleitamento exclusivamente materno – Estudos confirmam que o alimento natural ajuda a reduzir o índice de cárie.
Aleitamento artificial – Importante lembrar que, na maioria das vezes, o leite é acrescido de alguns complementos como farinha e açúcar, o que aumenta seu teor cariogênico.
Depois que os dentes nascem, a higienização é fundamental!
A limpeza dos dentes pode ser realizada com o uso de uma gaze (ou fralda) embebida em água filtrada passando delicadamente nos dentinhos. O uso de escova pequena com cerdas macias ou dedeiras, apropriadas para a idade, também é recomendado. O hábito de escovar os dentes após as refeições deve ser incentivado, mas é importante dizer que a escovação antes de dormir é a mais importante!
Crianças de 6 a 30 meses de idade.
A criança ao nascer, já apresenta todos os dentes da primeira dentição (dentes de leite) em formação.
Durante o 1º ano de vida o primeiro dente pode erupcionar (nascer) a qualquer momento.
Os dentes do bebê geralmente aparecem na mesma sequência, porém a época do aparecimento do 1º dente é muito variável, há crianças com o 1º dente aos 2 ou 3 meses e outras somente após 1 ano de idade.
Um atraso pode ser considerado normal em torno de mais de 6 a 8 meses da idade sugerida.
Sequência e cronologia de erupção dos dentes decíduos:
Durante o nascimento dos dentes poderão ocorrer alguns sintomas, como coceira e abaulamento da gengiva, aumento da salivação, estado febril e até as fezes podem ficar mais líquidas.
O bebê fica muito irritado. Para ajudar o rompimento dos dentinhos e melhorar esse desconforto, devemos oferecer ao bebê, alimentos mais duros e mordedores de borracha que irão massagear a gengiva.
Colocar os mordedores na geladeira por alguns minutos também ajuda minimizar a dor.
Apresenta-se como um inchaço na região do dente a erupcionar. Há um acúmulo de líquido que pode ter coloração arroxeada.
Normalmente sofrem resolução espontânea. A necessidade de excisão cirúrgica quando não há auto-resolução e há interferência nas funções de sucção ou mastigação.
É a época de irrupção da dentição decídua e necessidade de introdução de novos alimentos, bem como introdução da colher e copinhos.
Aos 6 meses – Início de alimentação pastosa como sopinhas de legumes passadas na peneira e frutas raspadas.
Entre 8 e 9 meses – Entram os semi-sólidos, alimentos cozidos em pedaços.
Por volta de 12 meses – Entram os sólidos e a criança já deve ser capaz de mastigar arroz, bolacha, carnes, saladas e frutas.
Evite adoçar para que o bebê aprenda a gostar do sabor natural dos alimentos.
Com esses cuidados você estará estimulando e propiciando adequado desenvolvimento das arcadas dentárias e correto posicionamento dos dentes.
O aleitamento natural se constitui no cuidado mais completo que se pode dar ao bebê, da alta capacidade nutritiva ao poder de imunização, do prazer físico à necessidade psicológica, da estimulação adequada à boca e ao sistema respiratório.
O leite materno é especificamente adaptado para atender as necessidades nutricionais do bebê, que além de providenciar energia para o seu desenvolvimento e crescimento, fornece proteção contra infecções e condiciona o trato intestinal do recém-nascido para futuramente receber os alimentos.
A criança que é amamentada em livre demanda, e somente no peito, recebe líquidos e nutrientes em quantidade e qualidade suficiente para hidratá-la, não necessitando de complementos.
Para o bebê retirar o leite do peito, cerca de 20 músculos orofacais trabalham ativamente para que ele mame de forma eficiente e também para que ocorra o correto desenvolvimento da face e dos dentes.
O recém-nascido tem a mandíbula pequena e retraída (posicionada para trás). Os movimentos que ele realiza para extrair o leite das mamas favorecem o crescimento da mandíbula, proporcionando posição ideal para o surgimento dos dentes.
O bebê amamentado no peito cria hábitos corretos de deglutição (engolir), de respiração (reduzindo as chances de se tornar um respirador bucal) e também fortalece a musculatura, auxiliando futuramente a correta mastigação.
Crianças amamentadas até os seis meses de idade, tem menos probabilidade de desenvolverem a cárie dentária.
Importante ressaltar que os bebês em aleitamento não devem usar chupeta ou outro bico artificial antes do 1º mês de vida, para evitar a confusão de bicos.
Apenas após o 1º mês, quando a amamentação já estiver estabelecida e o bebê ganhando peso, é que se poderia iniciar o uso, mas apenas para dormir.
O uso da chupeta não é recomendado e é, em muitos casos, responsável pelo desmame precoce.
A mãe deve ser orientada quanto à pega e posição correta na hora da amamentação.
O bebê deve abrir uma grande boca e abocanhar toda a aréola e deve ficar em uma postura vertical e de frente para a mãe.
Quando isso não acontece e o bebê apenas suga o bico do peito podem ocorrer fisuras, mamas cheias e ingurgitadas.
Por outro lado, um dos grandes benefícios em amamentar o bebê na posição vertical é que estaremos evitando problemas respiratórios, auditivos e de deglutição.
Leia Mais sobre Amamentação em RNO
Dentre os hábitos bucais podemos citar: a respiração bucal, sucção de dedo, chupeta ou lábio, uso da mamadeira, bruxismo, onicofagia (roer as unhas).
Os hábitos bucais podem interferir no desenvolvimento correto da criança, podendo levar a alterações oclusais como:
Para que a má oclusão se instale, devemos observar:
Intensidade do hábito – quantas horas por dia.
Duração do hábito – quanto maior o tempo de uso, maiores as seqüelas.
Biotipo da criança – padrão hereditário (caso algum dos pais apresentem algum tipo de má oclusão).
Importante ressaltar que a criança amamentada em livre demanda, na maioria das vezes, tem sua necessidade fisiológica de sucção suprida.
A introdução de chupeta e mamadeira é realizada pelos pais e reflete um inconsciente coletivo de que os bebês precisam desses artifícios. São eles então, responsáveis por esse hábito, já que o administram.
Muitas crianças, inclusive, rejeitam e não aceitam chupeta nem mamadeira.
Importante lembrar que todo processo de remoção de hábitos deve ser lento e gradativo. É necessário compreender e procurar a causa do hábito. O apoio familiar é muito importante! Devem-se evitar chantagens, punições ou castigos. Vale mais conscientizar a criança sobre os efeitos causados nos dentes e estimular, através de programas educativos, para que deixe o habito.
Caso a remoção do hábito seja antes dos 2 anos de idade, em alguns casos, as alterações causadas podem regredir naturalmente, sem a necessidade de uso de aparelhos.
Algumas dicas:
Antes de remover a mamadeira, é importante substituir pelo copo uma das mamadas. Quando perceber que seu filho está aceitando bem, comece a “negociação” para substituição da mamada noturna. Esse processo pode durar de 2 a 6 meses, dependendo da criança e também do compromisso da família.
Para facilitar use copos com tampa, também chamados de copos de transição.
Outra “estratégia” usada por alguns é diluir gradativamente a mamadeira noturna, com isso o leite vai ficando sem sabor e a criança o rejeita. Oferecer um leite saboroso no copo e dizer que provavelmente é a mamadeira velha que está estragando o leite.
Importante lembrar que uma criança com mais de 3 anos consegue alimentar-se bem, sendo nutricionalmente, desnecessária a mamada durante a madrugada.
É um hábito nocivo, que oferece risco de cárie e deve ser retirado!
Ao falar de copos de transição, podemos imaginar três cenários:
Isso poderá nos dar uma noção da dificuldade ou facilidade que ocorrerá essa transição, como também da importância e urgência em introduzi-los.
Recomenda-se a amamentação exclusiva até os 6 meses e após esse período a oferta de outros líquidos.
O bebê é capaz de usar o copo comum, de tamanho infantil, com bordas arredondadas. A postura para segurar o copo e para engolir será ativa e isso deve ser estimulado.
A introdução da mamadeira incentiva o desmame precoce, provoca confusão de bicos e promove uma forma passiva de segurar e deglutir (engolir).
Muitos pais continuam usando a mamadeira para oferta de água e suco e essa é uma prática que deve ser evitada.
Embora o ideal seja o uso de copo comum, sabemos que ele não é tão prático.
Assim a busca pelo copo de transição ideal será aquele que mais se aproximar de um copo comum.
Qualquer copo que a criança precise sugar, através da formação de uma pressão negativa intra-oral não são funcionais e podem, ao trabalhar músculos errados, alterar o crescimento fisiológico dos ossos da face. Por exemplo, ao usar um canudinho muito fino a criança precisa fazer uma força muito grande nos músculos da bochecha (músculo bucinador). A pressão da bochecha comprime a maxila e pode torna-la atrésica. Como um problema leva a outro, na presença de atresia de maxila, a língua perde sua postura correta e altera a forma de deglutir e a fala. Como consequência, aumentam-se os riscos de desenvolver respiração bucal, má-oclusao, patologias respiratórias e distúrbios de fala.
O copo de transição deve ser escolhido não por ser o mais moderno ou o que faz mais sucesso com as mães ou com as crianças. Precisamos lembrar que assim como mamadeira, o copo de transição não é um acessório. É um instrumento e precisa de indicação, finalidade definida, avaliação do padrão de sucção do bebê e prescrição.
Cada caso é um caso.
Não há problema em usar um canudinho, em usar um bico, eventualmente. Mas há sim a importância em saber reconhecer quais são as necessidades individuais do seu filho.
A avaliação e orientação de um profissional, certamente fará a diferença.
Exemplo de um copo de transição ideal: http://bit.ly/1KylzLI
Para remover a chupeta, deve-se reduzir o seu uso a cada dia. Comece utilizando moderadamente somente quando a criança estiver adormecendo.
Quando a criança dormir, lentamente, retire a chupeta da boca e guarde-a. A chupeta não deve ficar à disposição da criança. É a mãe que deve administrar as horas de uso da chupeta, e não a criança.Incentivar a autonomia da criança é muito importante.
Realçar as coisas típicas de bebê: fralda, chupeta, mamadeira e compará-las com as coisas novas dessa fase de “criança”. Vale falar dos copos do personagem preferido, do sorriso do super herói, do futebol com o pai, etc.
É papel dos pais na remoção de hábitos:
Importante sempre dar um reforço positivo à criança!
Há uma grande discussão sobre o hábito de chupar o dedo. Muitos consideram pior do que o hábito de chupar chupeta. E que o melhor é estimular o uso da chupeta, pois é “mais fácil” de tirar.
Precisamos, mais uma vez, observar e compreender os momentos em que essa criança recorre ao hábito. É o mesmo dedo? Da mesma maneira? Quais são esses momentos? Qual o sentimento que a criança tenta suprir? O uso está relacionado a problemas que a criança enfrenta no ambiente familiar ou na escola? (separação dos pais, nascimento de um irmão, carência afetiva, competição ou discriminação por parte dos colegas).
Geralmente, a chupeta é usada quando os pais precisam que a criança se acalme, enquanto o dedo é usado quando a criança carece de conforto.
A grande diferença entre os dois hábitos é que o dedo está disponível para a criança quando ELA precisa. Enquanto a chupeta é oferecida quando os PAIS precisam…
Há bebês que sugam o dedo desde o útero. Essas crianças apresentam uma grande necessidade de sucção. O primeiro fator que irá contribuir para solucionar essa necessidade é a amamentação em livre demanda.
Esse então seria o primeiro passo.
Além do aleitamento materno a mãe precisará de muita paciência e carinho. Ao perceber que o bebê inicia a sucção, retirar o dedo delicadamente e oferecer o peito, brincar com as mãozinhas ou proteger as mãos com luvas são algumas opções.
Há bebês que descobrem os dedos durante a erupção dos dentes. Levam a mão à boca para aliviar os sintomas e acabam sugando os dedos e adquirindo o hábito nesse momento.
Há um grande desconforto na erupção dos dentes, pois coçam e doem. Mordedores são muito uteis e substituem a mão. Ofereça mordedores, preferencialmente gelados (coloque-os na geladeira antes de oferecer à criança). O alívio dado pelo mordedor fará a criança esquecer o dedo.
Quando a criança estiver com o dedo na boca, não recrimine, apenas tente distraí-la para outra atividade que tenha que fazer uso das mãos.
Para a remoção do hábito prepare-se para o processo consciente de que a paciência e o reforço positivo são peças-chave e que frustrações fazem parte dele.
A criança precisa entender, concordar e participar do processo.
A consulta a um profissional também ajudará. Ele também terá um papel importante na conscientização da criança. Devemos conversar explicando o porquê da remoção, fazendo reforços positivos, motivando com muito amor e compreensão. Deve-se usar muita criatividade, procurando distrair a criança.
Colocar um band-aid no dedo, amarrar um lencinho ou vestir uma luva no momento de dormir são algumas delas. Altas doses de amor, paciência e determinação, porém, continuam sendo os fatores essenciais para que a remoção do hábito ocorra de maneira positiva e sem traumas para a criança.
Caso falhem todas as tentativas, podemos recorrer a aparelhos específicos para remoção de hábitos.
O hábito bucal envolve um aspecto emocional importante. A criança deve ser respeitada e compreendida para que possa ter um desenvolvimento saudável.
A necessidade de sucção faz parte da fase oral e deve ser suprida.
Esse aparelho possui um recurso denominado “mamilo” que permite que a criança faça a sucção, esgotando essa necessidade. Ao eliminarmos o hábito, damos condição para que o crescimento saia do padrão patológico.
A mastigação é fator fundamental no crescimento equilibrado das arcadas dentárias e da face da criança.
Responsável por tonificar os músculos do rosto, modela a forma dos ossos e a posição dos dentes, além de ser a primeira fase da digestão dos alimentos.
Por isso é tão importante cuidarmos desta função.
Já no primeiro ano de vida, ocorre a transição entre a amamentação e o início da mastigação (com o surgimento dos primeiros dentes).
É essencial que o alimento fique cada vez mais consistente, duro e seco, a fim de estimular a eficiência da função mastigatória.
Essa transição depende de vários fatores: postura ereta da cabeça, posição espacial da mandíbula e presença de dentes. Pode durar vários meses, dependendo da velocidade de maturação dos principais eventos do desenvolvimento neuromuscular.
É um erro comum achar que o bebê deve comer papinhas batidas e peneiradas por muito tempo. Esse tipo de consistência não estimula a força dos músculos e o desenvolvimento dos ossos faciais.
As arcadas dentárias: superior (maxila) e inferior (mandíbula) devem trabalhar em harmonia.
A mandíbula possui duas articulações (ATM’s) que necessitam de equilíbrio para que uma não seja sobrecarregada em relação à outra. Por isso a importância da mastigação ser bilateral e alternada.
Durante a mastigação os lábios devem estar selados e os movimentos mandibulares devem ser bilaterais e alternados. Isso significa que a criança deve ser capaz de mastigar do lado direito e do lado esquerdo com a mesma facilidade e potência.
O mesmo se aplica a todas as outras faixas etárias: a consistência dos alimentos deve ser observada e cuidada. O ideal é haver variação e dar preferência a alimentos mais consistentes que precisam ser mastigados com mais intensidade e duração.
Qualquer dificuldade ou preferência mastigatória de um lado só, irá desencadear um desenvolvimento assimétrico. Que de início será apenas muscular, mas que com a frequência pode se tornar uma assimetria óssea.
A introdução de alimentos duros e mais secos irá necessitar de esforço muscular o que contribuirá para o perfeito desenvolvimento da fala e dos ossos da face da criança.
É um momento que requer muita paciência, pois as crianças cospem, engasgam, fazem caretas. Muitas mães pensam que é uma rejeição da criança ao alimento, mas é apenas uma adaptação às novas texturas e novos sabores.
Placa bacteriana – Principal causa de cáries, gengivites e periodontites. Película pegajosa e transparente que se forma sobre a superfície dos dentes, ao redor das gengivas, composta por bactérias que decompõem os restos alimentares, produzindo ácidos que atacam os dentes e gengivas.
Tártaro – é a placa bacteriana amadurecida e envelhecida. Apresenta-se em forma de placas calcificadas.
Gengivite – Inflamação das gengivas causada pelas bactérias presentes na placa bacteriana.
Características: vermelhidão, inchaço, sangramento e gengivas sensíveis.
Periodontite – Fase mais avançada de gengivite.
A principal causa de perda de dentes entre adultos é a doença periodontal.
A placa bacteriana com o tempo poderá se mineralizar formando o tártaro ou cálculo gengival. Juntos a placa e o tártaro, deslocam a gengiva através da destruição das fibras que unem o dente ao osso (ligamento periodontal). Se os fatores irritantes (placa e tártaro) não forem removidos, a estrutura óssea que sustenta o dente poderá ser comprometida e, em longo prazo, poderá ocorrer perda do dente.
Além da placa bacteriana, outro fator desencadeante da doença periodontal é o trauma oclusal (tanto a falta como o excesso de carga) sofrido pelo dente durante a mastigação.
Características: Sangramento gengival ao escovar os dentes, reabsorção óssea, presença de bolsas periodontais, presença de pus e mau hálito.
A mobilidade ou afastamento dos dentes: mudança na maneira como os dentes se encaixam (trauma dental ou falta de função do dente) podem sinalizar alterações no periodonto.
No entanto, você pode ter doença periodontal e não ter nenhum destes sintomas, daí a importância da visita regular ao dentista.
Para prevenir a doença periodontal, deve-se remover a placa bacteriana dental, através de uma higienização correta. Cheque com o seu dentista se sua maneira de escovar os dentes está correta.
A limpeza profissional, com um dentista ou higienista, é necessária pelo menos duas vezes ao ano. Se você está em tratamento para doença periodontal podem ser necessárias visitas mais frequentes.
Estresse e problemas periodontais – Uma das hipóteses para essa ligação é a liberação do hormônio cortisol, ligado ao stress, que aumenta a susceptibilidade a inflamações em todo o organismo. Além disso, pessoas estressadas se preocupam menos com a higiene e alimentação.
A doença periodontal pode também estar relacionada à síndrome coronariana aguda.
As bactérias presentes na cavidade oral podem cair na circulação sanguínea, o que aumenta o risco de complicações para pacientes portadores de doenças sistêmicas, com destaque para a Endocardite Infecciosa.
Esta é uma doença severa, causada por microrganismos que atingem as válvulas cardíacas, por causas congênitas, por uso de próteses cardíacas ou por defeitos cardíacos anatômicos.
Os acidentes mais comuns que ocorrem na dentição de leite são os que envolvem bebês e crianças que estão aprendendo a andar.
Após a queda, o dente amolece em seu alvéolo ou é deslocado de sua posição original. Pode se deslocar para dentro do alvéolo (intruir) ou descer, dificultando o fechamento da boca.
O dentista deve ser consultado – É necessário um exame radiográfico para verificar a extensão do dano e acompanhamento para observar a evolução do caso.
O dentista deve também orientar os pais sobre os cuidados a serem tomados na área afetada, assim como sobre futuros problemas que poderão comprometer a dentição permanente.
É comum ocorrer, após 2 ou 3 dias do acidente, uma mudança de cor, um escurecimento da coroa do dente. Essa mudança é um sinal do derramamento de sangue que ocorreu devido ao trauma.
Nos dentes de leite, nem sempre uma mudança de cor da coroa significa perda da vitalidade e em muitos casos, a cor poderá retomar ao seu normal.
O organismo pode reabsorver esse sangue e a cor do dente voltar quase à cor natural dos dentes, mas pode ocorrer também o aparecimento de uma fístula de pus na gengiva acima do dente. Esse é um sinal de que o dente perdeu vitalidade e houve necrose – o tratamento de canal é necessário.
Importante Após o trauma na dentição decídua é necessário o acompanhamento do dentista por haver possibilidade de danos para a dentição permanente. Observe na figura abaixo que os dentes permanentes já estão em formação e estão em íntima relação com os dentes decíduos.
As fraturas podem comprometer apenas esmalte, esmalte e dentina ou ainda esmalte, dentina e raiz com comprometimento pulpar.
A melhor maneira de se evitar fraturas nos dentes é preveni-las. Assim, no caso de esportes, como andar de bicicleta, andar de “skate”, basquete, vôlei, jogos de futebol ou “rugby” e outros esportes coletivos é importante o uso de protetores bucais.
Perda total de um dente. Em certas circunstâncias, como impactos horizontais é comum acontecer um deslocamento total do dente.
Para que aumentem as chances de salvar esse dente é fundamental alguns cuidados.
Se o dente for de leite, a colocação do dente de volta em seu lugar NÃO é indicada; a probabilidade de sucesso é mínima.
Já no caso do dente permanente, o reimplante é indicado.
Para que se obtenha sucesso no reimplante é necessário:
Manter a calma e fazer a criança morder uma gaze ou um pano limpo com pressão para que se possa controlar o sangramento.
LEMBRE:
Caso você não consiga colocar o dente em sua posição, mantenha-o em uma solução de soro fisiológico ou em leite morno ou mesmo na boca da criança (debaixo da língua) e procure imediatamente um dentista.
O resultado final de um reimplante depende muito do período que o dente ficar fora do alvéolo e da conservação do mesmo nesse período.
O dente deverá ficar fora de seu alvéolo o menor tempo possível.
O dente reimplantado deverá ser “fixado” pelo dentista em sua posição e ter o seu canal tratado; mesmo assim com o decorrer do tempo, haverá uma diminuição do tamanho de sua raiz.
O tempo médio da permanência de um dente reimplantado na boca é de 1 até 5 anos; muitas vezes esse tempo é o necessário para que a oclusão se defina e novas condutas possam ser tomadas.
Gengivite gravídica
É uma resposta inflamatória exagerada em relação a fatores irritantes que causam a gengivite comum, podendo ocorrer ainda aumento da mobilidade dentária, do fluido gengival e da profundidade da bolsa por alterações no equilíbrio hormonal.
Risco
Estudos apontam que a gengivite gravídica está diretamente ligada a partos prematuros e em que a criança nasce abaixo do peso normal.
Tratamento
Meticulosa higiene oral (escovação e uso de fio dental) com acompanhamento do dentista.
– A gengivite gravídica, embora acentuada pelos hormônios circulantes na gravidez, só ocorrerá na presença de placa bacteriana.
Cárie
A gravidez não é responsável pelo aparecimento de cáries nem pela perda de minerias dos dentes. O aumento da atividade cariogênica está relacionado a alteração da dieta (por comer mais) ou por ter a boca mais ácida pelos vômitos ou por deficiência na higiene bucal.
Tratamento
Controle da higiene oral (escovação e fio dental) e, caso a cárie esteja instalada, remoção da cárie pelo dentista. O cuidado será com o uso de anestésico que não deverá conter adrenalina.
Urgências
Dor decorrente de abcessos agudos, fraturas dentais, pulpite, inflamações, etc.
Tratamento
Deve ser realizado independentemente do período da gravidez. O cuidado será com o uso de anestésico que não deverá conter adrenalina.
Tratamento odontológico na gravidez
A gestante pode ser atendida em qualquer idade gestacional, no entanto, o segundo trimestre é o momento mais oportuno por ser uma fase de estabilidade.
Primeiro Trimestre – Formação do bebê.
Segundo Trimestre – Período de escolha para realização de procedimentos odontológicos.
Terceiro trimestre – Qualquer complicação pode acelerar o parto.
Todo tratamento e medicamento prescrito precisa ser avaliado pelo médico ou dentista quanto a sua real urgência.
RX
O uso da radiação deve ser realizado dentro das prerrogativas acima, com o uso do colete de chumbo protegendo bem a barriga da gestante.
Anestésico
Existem anestésicos no mercado que podem ser usados com segurança tanto nas gestantes como nos idosos, cardíacos e crianças.
Malformação do terço médio da face, que se devem à falta de fusão dos processos maxilares e palatino, ocorre entre a 4ª e 12ª semana de gestação. A etiologia das fissuras congênitas da face é desconhecida. Os fatores hereditários, os fatores ambientais e a interação entre ambos são considerados como predisponentes ao desenvolvimento das fissuras lábio palatinas.
Dentre os fatores ambientais: fatores nutricionais (carência de minerais e vitaminas) químicos (uso de drogas: esteroides, anticonvulsionantes, ansiolíticos, fumo e álcool), endócrinos (alterações hormonais) e infecciosos (doença infecciosa no primeiro trimestre de gestação, tais como: toxoplasmose, rubéola, sífilis, malária, difteria, pneumonia e escarlatina).
As fissuras podem ser uni ou bilateral:
– Fissura Labial – só do lábio (ou pré alveolar)
– Fissura Palatina – só do palato (ou pós alveolar)
– Fissura Labiopalatina – do lábio e do palato (ou alveolar)
Diagnóstico: é feito através do exame ultrassom morfológico e após o diagnóstico a gestante deve ser encaminhada a uma equipe especializada.
Tratamento: a equipe composta por vários profissionais (entre eles cirurgião-dentista, médico pediatra, cirurgião plástico, fonoaudiólogo e psicólogo) iniciará o tratamento neonatal, promovendo assim adequada reabilitação estético-funcional e perfeita integração sócio-psicológica.
Fissura labial – a recomendação é corrigir nas primeiras 24h a 72h depois do nascimento para reconstituir o lábio superior e reposicionar o nariz, pois quase sempre existe um desabamento da asa do nariz, por falta de apoio do músculo que está solto daquele lado.
Fissura labiopalatina – a conduta preconizada é realizar a cirurgia nem cedo demais para não afetar o crescimento do osso, nem tarde demais para não prejudicar a fala. Preconiza que seja em fases entre 3 a 24 meses, iniciando pelo fechamento do palato mole. O fechamento completo precoce do palato anterior e posterior podem produzir alterações dentárias significativas. Enquanto esperam pelo final da reconstituição, as crianças usam um aparelho ortodôntico, que cobre a fenda palatina e permite que se alimentem.
Prevenção: aconselhamento genético em famílias onde já houve caso de fissura, evitar contato com os fatores ambientais descritos acima, dieta equilibrada e uso do ácido fólico, prescrito pelo médico para o primeiro trimestre da gravidez. O ácido fólico é fundamental na prevenção das fissuras.
Não se auto-medique: O uso de medicamentos sem o conhecimento do médico podem afetar o bebê em formação!
Os “dentes de leite” começam a se formar a partir da 6ª semana e os dentes permanentes a partir do 5ª mês de vida intra-uterina.
Condições desfavoráveis durante a gestação podem trazer alterações nos dentes em fase de formação e mineralização. (ex: uso de medicamentos, infecções, carências nutricionais, etc).
Importante que a gestante tenha uma dieta balanceada, constituída por diferentes grupos de alimentos (carnes, frutas, legumes e verduras, cereais, leite e derivados).
Entre a 6ª e a 10ª semana – início da odontogênese (formação dos dentes) decíduos.
4 meses – Início da mineralização dos dentes decíduos (incisivos) e formação das papilas gustativas. Nesse momento é muito importante o controle da DIETA materna, pois suas preferências nesse período poderão determinar as preferências futuras do bebê. Orientar por uma dieta rica em frutas e verduras e pobre em açúcares ajudarão no desenvolvimento do paladar do bebê para esses tipos de alimentos.
5 meses – Início da odontogênese dos incisivos e primeiros molares permanentes e evolução da mineralização dos decíduos (caninos).
6 meses – Início da odontogênese dos caninos permanentes e evolução da mineralização dos decíduos (molares).
7 e 9 meses – Início da odontogênese dos primeiros e segundos pré-molares e início da mineralização dos incisivos e molares permanentes. A mandíbula está retruída (para trás) em relação à mandíbula.
A alimentação da gestante não deve ser restritiva, isto significa que ela não deve deixar de consumir alimentos fontes de açúcar, bem com óleos e gorduras, porém, isto deve ser feito com moderação.
Durante a gravidez é muito importante que a mãe consuma alimentos variados, para assim, garantir o aporte de energia, vitaminas e minerais necessários para o desenvolvimento do feto.
Em especial no primeiro trimestre de gravidez que é a fase de formação de órgãos, há uma grande necessidade de ácido fólico, uma vitamina do complexo B, fundamental para evitar má formação no bebê.
Apenas o médico poderá prescrever o uso de qualquer suplemento nutricional.
Uma alimentação saudável e adequada para esse período se refletira até no futuro paladar da criança, pois aos 4 meses de gestação se dá a formação das papilas gustativas do bebê.
Existem estudos que orientam pela limitação do consumo de laticínios e derivados da alimentação. Consideram que a gordura saturada associada aos produtos químicos que são utilizados durante a sua produção, os tornam um alimento de alto risco. Outros estudos reportam o alto poder alergênico da proteína do leite e que ela seria responsável pelo aumento do muco, dificultando a respiração. Somos os únicos mamíferos que consomem leite na idade adulta. Isso deveria solicitar uma reflexão.
A sugestão é que a dieta seja a mais variada e diversificada possível. Uma dieta a base de um único alimento não deveria ser preconizada. Os lacticínios podem ser substituídos por legumes de folha verde, soja enriquecida e grãos de várias espécies, para substituir o cálcio.
A utilização de suplementos de flúor pré-natal está contra-indicada:
– Não há estudos que demonstrem benefício para os dentes do bebê em desenvolvimento.
– O flúor prescrito associado a outras vitaminas e sais minerais, reduz a absorção de cálcio importante para a gestante e o feto.
– Não há uma relação segura entre dose e efeito.
– Os conhecimentos atuais acerca do mecanismo de ação do flúor, referem seus efeitos benéficos após a irrupção (nascimento) dos dentes.
– Risco de fluorose (mancha no esmalte dos dentes).
É um distúrbio de formação dentária causada por excessiva ingestão de flúor durante o período de formação e maturação do esmalte (amelogênese) tendo como resultado uma hipomineralização dos tecidos dentais duros.
Aspectos clínicos: variam de acordo com a gravidade da lesão. Desde opacidades no esmalte a erosões completas do esmalte dentário.
Período de suscetibilidade é até os 6 anos de idade.
Quando bem indicado e após erupção dos dentes, o flúor local pode ser um excelente recurso à disposição do profissional no controle da cárie.
CROSP 47750