Transtorno Déficit de Atenção e Hiperatividade X Síndrome do Respirador Bucal.
Ainda no campo da hipótese, há um questionamento acerca das semelhanças de sinais e sintomas entre TDAH e SRB.
Estima-se que, em média, 5% das crianças em idade escolar possam apresentar TDAH, sendo que o sinal da SRB pode ser encontrado em 30% das crianças na mesma faixa etária.
A SRB provoca inúmeros problemas como deformidades na face, no céu da boca, nos dentes, alterações na fala, deglutição, mastigação e aumenta a incidência de doenças respiratórias.
Básicos: Hiperatividade, Impulsividade e Desatenção.
Dificuldade de organização, esquecimento de tarefas simples do dia-a-a-dia, falta de atenção e concentração, desânimo, impulsividade e inquietação.
Não ficam paradas na sala de aulas:
– Falam muito com os colegas
– Interrompem de maneira imprópria a professora
– Iniciativas descontroladas
– Tumultuam a classe com brincadeira fora de hora
– Apresentam desempenho abaixo do esperado
Ronco noturno, apnéia, rinites, sinusites, bronquites, problemas dentários como mordida aberta e cruzada, palato estreito e ogival (céu da boca alto).
Olheiras, perda de audição e otites, flatulência (gases), alterações de postura, de voz e na fala, comprometendo a qualidade de vida da criança e seu desenvolvimeto global.
O estresse neste processo de respiração pela boca é tanto que a criança não dorme satisfatoriamente, ficando ansiosa, sonolenta, com déficit físico e mental.
Estudos apontam menor oxigenação cerebral o que prejudicaria o aprendizado.
Ainda não se sabem as causas do TDAH. Existe a hipótese de que neurotransmissores como a dopamina e a noradrenalina estejam envolvidos com o transtorno.
Condições alérgicas (rinites), anatômicas (alterações de septo, hipertrofias de tecidos) e funcionais (falta de aleitamento materno, sucção de chupeta, dedo, postura errada da mamadeira).
São muitos os critérios para diagnosticar o transtorno. Deve-se responder um questionário para avaliação de alguns sintomas, esses sintomas devem estar presentes antes dos 7 anos de idade, devem causar problemas em pelo menos dois contextos diferentes (vida familiar, escolar ou social) e é necessário descartar se os sintomas refletem algum problema psicológico ou psiquiátrico. A análise clínica do caso deve ser extensa – ou seja, não é possível fazer diagnóstico em uma sessão rápida, apenas checando a lista de sintomas.
É confirmado pelo otorrinolaringologista que, através de exames específicos, determinará as causas da respiração bucal.
O tratamento de eleição deveria ser terapia psicológica associada a práticas integrativas. O uso de medicamentos estimulantes do sistema nervoso é uma prática algumas vezes necessária, embora atualmente bastante banalizada.
Quanto mais precoce o início do tratamento melhores serão os resultados, pois o comprometimento emocional será menos acentuado.
Saiba mais: www.tdah.org.br
O tratamento proposto poderá ser clínico e/ou cirúrgico, dependendo de cada caso.
O tratamento do respirador bucal é multidisciplinar, podendo envolver otorrinolaringologista, dentista ortopedista funcional, pediatra, alergista, homeopata, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e psicólogo.
A participação de todos estes profissionais se fará necessária quanto maior for a severidade do problema.
Há que se eliminar a causa da respiração bucal e corrigir, quando necessário, as alterações ósseo-musculares já instaladas.
O tratamento precoce é indicado pois toda alteração que envolve o crescimento e desenvolvimento dos ossos maxilares e arcadas dentárias, tem a tendência de se tornar mais difícil com o passar do tempo.
Casos considerados simples quando tratados na dentição de leite, sem o tratamento oportuno, podem se transformar em casos unicamente cirúrgicos.
CROSP 47750