Células-tronco em um site de dentista?
Células-tronco em polpa de dente de leite?
Isso mesmo! A cada dia há novas descobertas científicas, especialmente as relacionadas a células-tronco.
A coleta de células-tronco a partir do sangue do cordão umbilical já é uma realidade desde a década de 90.
As células-tronco hematopoiéticas obtidas do cordão umbilical têm sido utilizadas para o tratamento de doenças hematológicas, como por exemplo: leucemias, linfomas e outros cânceres das células sanguíneas na forma de transplante.
Desde 2013 que, além da coleta das células-tronco hematopoiéticas do sangue do cordão umbilical, estão sendo coletadas também as células-tronco mesenquimais do tecido do cordão umbilical.
Estudos mostram o potencial regenerativo dessas células-tronco mesenquimais no tratamento das doenças neurodegenerativas como: mal de Parkinson, mal de Alzheimer, lesões de medula espinhal, doenças cardíacas e reconstituição de tecidos, bem como, doenças autoimunes.
Leia mais: http://bit.ly/1S3tAiQ
Ainda nessas novas descobertas, estudos apontam a presença dessas células-tronco mesenquimais em outros tecidos, como: na medula óssea, no tecido adiposo e na polpa dentária.
Sendo a idade um fator diferencial na quantidade/qualidade dessas células-tronco mesenquimais: quanto mais novo, maior a plasticidade (capacidade de transformação em diferentes tecidos) e maior o potencial das células-tronco.
Assim, a polpa do dente de leite é a fonte de células-tronco mesenquimais com o maior potencial, podendo atuar:
- na regeneração de tecidos danificados e se transformar em osso, gordura, tendão, cartilagem e músculo.
- na produção de células neuronais e na produção de fatores neuroprotetores que poderão atuar no tratamento do mal de Parkinson, escleroses, Alzheimer, síndromes genéticas e autismo.
- possibilidades terapêuticas na diabetes, doenças hepáticas, cardiovasculares e doenças autoimunes e inflamatórias (lúpus, artrite).
Os pais interessados em armazenar as células-tronco mesenquimais presentes na polpa do dente de leite devem entrar em contato com o Centro de Criogenia Brasil: (11) 3057-0510 ou http://ccb.med.br/ para receberem mais informações, preencherem o cadastro e organizarem a entrega do kit de coleta fornecido para o transporte do material.
O procedimento para coleta da polpa do dente de leite é muito simples. É feita de forma natural durante o período de troca dos dentes (5 a 12 anos) e a extração do dente deve ser feita preferencialmente pelo dentista, mas também pode ser feita pelos pais, desde que sejam seguidos os protocolos para que não se contamine ou perca o material e respeitado o tempo de exposição.
O ideal é que seja feita uma profilaxia antes da extração para que não haja contaminação do material coletado. O dente não pode apresentar cárie ou placa bacteriana: deve ser um dente sadio e limpo.
Após a extração do dente, o CCB irá providenciar a retirada do material coletado e em seus laboratórios este material será processado. Entre 15 a 30 dias a família receberá um certificado de que o processo foi concluído e o material foi criopreservado em tanques de nitrogênio líquido a -196°C, podendo permanecer assim por tempo indeterminado.
A opção pela coleta e armazenamento de células-tronco mesenquimais da polpa do dente de leite deve ser bem avaliada pela família. Envolve custos e os tratamentos estão em estudos avançados, mas ainda não são regulamentados.
Para que a pessoa possa utilizar essa terapia é necessária uma autorização judicial ou uma autorização da ANVISA. Por outro lado, há uma grande vantagem nessa terapia, que pode ser usada pela família toda, sem a necessidade de testes de compatibilidade.
Há também a possibilidade de expandir essas células para muitos tratamentos, inclusive para a área odontológica.
http://www.rntc.org.br/linhas-de-pesquisa.html
http://pesquisa.bvsalud.org/ses/resource/pt/ses-25435
http://bit.ly/1S3tAiQ (ANVISA)